sexta-feira, 13 de abril de 2012

DICA OGROSSEXUAL - Ser Coxinha

(Este texto foi extraído, surrupiado, subtraído, do meu outro blog, OGROSSEXUAL, que hoje aposento - vida longa porém inóspita, só duas publicações. Doce ilusão achar que ia ter tempo de atualizar 4 blogs, nem um eu dou conta! Vou começar uma série de posts neste aqui mesmo, com o tema Ogrossexual. Este é o primeiro.)

Ser coxinha! - Parte um

Conversa hipotética de duas minas gatas (sim, gatas,mesmo porque, fosse duas barangas, nem interessaria saber o que elas tão falando):

- Você viu o Serginho hoje?
- Eu vi! Como ele é coxinha, né?

"Ser coxinha".

É um termo relativamente novo. Provavelmente, se você é da geração que toma cerva e não breja, não sabe do que se trata. Eu explico.

O termo não é um elogio. Longe disso. E, pra falar a verdade, a origem me escapa totalmente. É como a expressão "fazer cara de bunda". Tem coisa mais linda que uma bunda, companheiro ogro? Qual o paralelo da obra mais perfeita da criação com a cara de zero à esquerda de alguns? Mistério...

Ok, sem divagações, voltemos ao tema do post. O "ser coxinha".

O cara coxinha dificilmente será o escolhido pela fêmea para ser o macho reprodutor. Caso seja o macho alfa em algum escritório, fatalmente o é pelo simples fato de que os outros homens são mais coxinha que ele.

(Pensando nesse tópico de reprodução, um fato curioso: não conheço cara gay coxinha. Normalmente são style, fashion, até bicha-pão-com-ovo... mas não lembro de gay coxinha. Meus amigos gays que me corrijam...)

O coxinha é o cara todo certinho.
Não, mais que isso.
É o certinho que irrita. Camisa clara, calça bege, sapato caramelo com cinto combinando. E celular penduradinho.
Alguns coxinhas adoram camisa polo, e a usam por dentro da calça. A qual, dependendo do nível de "coxice", está perigosamente puxada muito à altura do umbigo.
Na balada, identifica-se o coxinha pelo passo de dança clássico do um-pra-direita-bicada-no-drink-um-pra esquerda-sorriso-amarelo. E repete. A noite toda.
As garotas descoladas normalmente fogem dos coxinhas.
Na verdade, as que não são descoladas também (principalmente pelo fato que as minas não-descoladas normalmente não tem consciência desse fato, logo, tendem a se comportar imitando as descoladas...)

Alguns coxinhas terminais ainda se atém ao uso de pochete. Fuja! A única situação em que a bolsinha pendurada na barriga se justifica é no caso do técnico eletricista (ou equivalente) que leva ali seus utencílios de trabalho.

PRÓXIMO POST - COMO SER ANTICOXINHA

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Spotlight.

Não, nessa história eu não sou o protagonista.

Deve ser a mania do palco.
Ou de ser áries. Com ascendente escorpião.
Mas vai se convencer que o refletor não tá em você. Parece!
O narrador está de costas.
Não, Ele não está contando pra esse público que você não vê
o que passa nessa sua cabeça doida. Seus segredos são só SEUS segredos.
Deve ser a mania do palco.

(Dá pra fazer de novo? Sei lá, achei meio forçado. Essa luz não ajudou. Quem me dá a deixa mesmo?
E essa marcação, é isso mesmo? Pode ser? Do começo? Não? Da porta? Ok, vou da cena do laptop saindo do banheiro e indo pra minha cama...)

Não, nessa história eu não sou o protagonista...

domingo, 8 de abril de 2012

Uma explicação.

Eu sei que falta a parte dois do post sobre sites de relacionamento... mas tô super sem tempo!
Assim que der, eu conto como foram as duas esperiências (sim, porque eu faço a merda e repito, pra ver se o resultado é diferente. Até parece...)!

terça-feira, 3 de abril de 2012

No teu laptop ou no meu? (parte um)

Véio,

A Internet é um grande barato (putz, que gíria vintage... ok, que puta gíria véia) mas tem que saber usar.

Esse lance de site de relacionamento. Ah, desculpa, eu acho uma puta roubada!

Vou falar pelos caras. Do ponto de vista feminino eu até entendo. Do jeito que tá faltando representantes do sexo masculino dignos de nota na praça, o lance é partir pro cyberspace!

Mas, véio, tem camarada que se joga nessa dança das cadeiras eletrônica de cabeça, esquece o principal. DO OUTRO LADO DO TECLADO, pra todos os efeitos, a gente imagina (ou espera que...), TEM UMA MULHER!

Explico.

Esse lance de paquera virtual é a mesma coisa que o tete-a-tete real, amigo. Mulher tem truque, cara, mulher é truquera por natureza! Você vê ali, na rua, vai a mina toda produzida. Aquele jeans enfiado mais colado que revista de sacanagem de irmão de 15 anos. Soutien wonderbra (é assim? "Wonderbra"? Aquele que "aperta e levanta"?). Então... você vê a mina assim, toda montadinha. Sabe que, quando desembrulhar, metade daquele tesão vai ficar no criado mudo ao lado da cama!

Pergunto:
POR QUE CARGAS D'AGUA NA INTERNET IA SER DIFERENTE?

Eu tenho uns amigos que tão nessa de site de relacionamento, paquera virtual, esses lances. E não é sacanagem,não. Eles querem namorar mesmo (se bem que se rolar de só molhar o biscoito, já tá de bom tamanho!) mas parece que o pessoal emburrece na hora que liga o laptop, meu!

Segue o meu raciocínio. Não é um site que promove encontros, relacionamentos, essas coisas? Então, pergunta valendo um milhão de reais, por que num site desses a mina não colocaria uma foto sequer de corpo inteiro no perfil?

Não é óbvio?

Aparentemente, não.

Eu acabei me cadastrando num "pombinhosapaixonados.com" da vida, pra dar uma olhada nas minas. Pensei "sabe lá se não é preconceito meu. Vai ver até tem umas minas muito gatas e tímidas, que creem a Internet como sua última saída".
Eu tinha que tirar a limpo.

Meu. As mulheres que tavam inscritas, palamordedeus! Não todas, mas a grande maioria, a esmagadora maioria, "uma coisa". Uma coisa no sentido de "um treco"! (resolvi ser politicamente correto nesse parágrafo e não vou falar que eram uma merda. Contentem-se com coisa e treco...)

Tinha uma com a foto dela beeeem de longe, tipo paisagem nordestina com um pontinho no fundo acenando com um lenço amarelo (e o pontinho estava de canga, nem de bikini, canga, que era pra não ver nada MESMO!). Outra me coloca aquelas fotos que a gente mesmo tira, saca? Com o bração esticado e aquela cara de "será que dessa vez essa merda vai sair boa ou vou ter que tirar outra"? E tinham outras que postavam foto só do rostinho, que gracinhas. Uns rostinhos angelicais, mas tão redondinhos... Teve uma que colocou a foto do perfil, no perfil. Até aí, tudo bem. Só que, não era o corpo de perfil, era o rosto. E nem era o rosto, era só o nariz... a mina colocou no perfil a foto do nariz.

FOTO DO NARIZ! COMO ASSIM! Me fala, quem vai prum encontro pensando no nariz da mina? Será que alguém consegue imaginar que a mina é uma delícia quando ela posta uma foto do nariz num site de encontros?
Eu fiquei imaginando um cara naquela ansiedade antes do primeiro encontro, pensando "ah, esse nariz... é muito nariz pro meu caminhãozinho..." e tocando uma punheta pra aliviar a tensão "ahh, narizinho... ah, narizinho.. ahhhh"
Só falta!

Resolvi investigar. Na pior das hipóteses, seria material pra algumas crônicas e outras tantas conversas de boteco. Fui na do nariz. Trocamos MSN, marcamos um encontro.

Nossa. Medo, cara. Que medo.

Amanhã eu conto como foi.


segunda-feira, 2 de abril de 2012

IRA! Feliz Aniversário



Parabéns para mim!

De repente...

Ah, poeta, meu poeta camarada...

"De repente, não mais que de repente."

De repente, do sono fez-se o sexo,
e braços e pernas e loucura.
E das bocas ansiosas o prazer,
E das mãos entrelaçadas fez-se o gozo.

Queria muito fazer sonetos. Queria muito chamar Vinícius. Queria muito saber do Tom.





quinta-feira, 22 de março de 2012

DROPS - Poker Face

Faz a pergunta...


Escorrego a nota de 5 pela abertura da bilheteria do metrô.
- Um unitário, por favor.
Aquele jeito de quem não tá nem um pouco a fim de trabalhar...
- Só um?
- Pensando bem, me vê dois!
- Com 5 só dá pra comprar um!

Look at my poker face...

quinta-feira, 8 de março de 2012

Ah, mulher...

TOTALMENTE na correria hoje, mas não podia deixar passar em branco!

Amores, lindas, delícias, mulherada DO BEM, FELIZ 8 de MARÇO!

Repostando um poema de João Cabral, pra vocês, com um beijo.

No coração.

Paisagem pelo telefone
- João Cabral de Melo Neto

Sempre que no telefone
me falavas, eu diria
que falavas de uma sala
toda de luz invadida,
sala que pelas janelas,
duzentas, se oferecia
a alguma manhã de praia,
mais manhã porque marinha,
a alguma manhã de praia
no prumo do meio-dia,
meio-dia mineral
de uma praia nordestina,
Nordeste de Pernambuco,
onde as manhãs são mais limpas,
Pernambuco do Recife,
de Piedade, de Olinda,
sempre povoado de velas,
brancas, ao sol estendidas,
de jangada, que são velas
mais brancas porque salinas,
que, como muros caiados
possuem luz intestina,
pois não é o sol quem as veste
e tampouco as ilumina,
mais bem, somente as desveste
de toda sombra ou neblina,
deixando que livres brilhem
os cristais que dentro tinham.
Pois, assim, no telefone
tua voz me parecia
como se de tal manhã
estivesses envolvida,
fresca e clara, como se
telefonasses despida,
ou, se vestida, somente
de roupa de banho, mínima,
e que por mínima, pouco
de tua luz própria tira,
e até mais, quando falavas
no telefone, eu diria
que estavas de todo nua,
só de teu banho vestida,
que é quando tu estás mais clara
pois a água nada embacia,
sim, como o sol sobre a cal
seis estrofes acima,
a água clara não te acende:
libera a luz que já tinhas.


terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Cadê o vagão que tava aqui?

D.D.A.

Não. Que déficit de atenção? Nada a ver!

DDA, no caso, é o que eu chamo de Deslumbramento da Dimensão Alternativa.

É uma síndrome que atinge um número gigantesco de usuários do metrô, elevadores, escadas rolantes e afins.

O sujeito que sofre de DDAlt (ok, mudei a sigla, melhor evitar problemas...) é geralmente aquele que está bem na frente, na beirada da plataforma, esperando o metrô chegar.
Ou aquela senhora gordona à sua frente na escada rolante.
Pode ser também a família que está dentro do vagão do trem, colada na porta, querendo ser a primeira a sair.
É batata! (nossa, tenho que atualizar minhas gírias...)
O vagão pára e abre as portas, e aquela família, ou pessoa, que parecia tão decidida a embarcar, a desbravar novos mundos, dá um passo e estanca, segurando todo mundo atrás, pra desespero geral da galera! É o "efeito deslumbramento"!

Sério, eu fico imaginando o que faz o indivíduo parar bem na porta do vagão, e ficar olhando com aquela cara de abestalhado, como se estivesse em um ambiente totalmente alienígena, pouco se fodendo se tem uma multidão atrás empurrando. É como se ele não esperasse encontrar um vagão depois da porta, sei lá, ele achou que dentro do metrô ele seria recepcionado por 70 virgens, num ambiente onírico, e, de repente, o que é isso? Já tem gente aqui? Os assentos tem cores diferentes? Onde estou? Qué pasa?

Ou a gorda que trava bem na porta da escada rolante. Vai ver ela achou que tinha uma praia no andar de cima, cadê o sol, cadê o mar? Volta, gente, volta! Alguém aí tem GPS?

Quando é família é ainda mais interessante, porque parece que as dimensões alternativas pra qual cada membro se transporta são completamente diferentes, então fica o casal com a filharada, cada um puxando pra um lado diferente, e você lá, querendo passar sem saber se tropeça na menininha de 3 anos ou empurra a vó gorda pra ter espaço. E, claro que você já está atrasado, senão, qual a graça?

Por falar em atrasado, vou sair correndo! Aula em 15 minutos.

Nessa dimensão!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Cheia de Bossa

Cheia de Bossa


Olha que coisa mais linda

Mais cheia de graça

É ela, menina, que vem e que passa

Num doce balanço

E para no farol aqui da Rua Augusta!


(Ah, Paulista... Ah, Conjunto Nacional... Ah, Center 3...

Ah, vão do Masp (perfumes ilegais e gente legal)...

Ah, saída dos cursinhos... quantos suspiros, quantas pernas...

quanto tempo...)

sábado, 28 de janeiro de 2012

VERTIGEM

Tem que fechar os olhos, pra não dar vertigem!

Olhos abertos, você começa a cair, cair...

De olhos fechados, trabalha, faz que ama, tem até filhos!

Tem que apertar bem forte, forte que até dói a cabeça!

Não olhe pra baixo! Nunca olhe pra baixo!

Se você atravessar, você ganha o grande prêmio!

Mas de olhos fechados!

Os olhos têm de estar fechados. É o único jeito!